Ao procurar a polícia para denunciar a companheira, José Roberto foi preso, pois havia um mandado de prisão contra ele por uma tentativa de homicídio.
O caso aconteceu em Marilac, a 57 km de Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, após ser enterrado vivo pela mulher com quem vivia há aproximadamente três anos. José Roberto tinha um mandado de prisão em aberto por uma tentativa de homicídio realizada em Belo Horizonte em 1999. Nesta terça-feira (26) ele foi conduzido para o presídio de Governador Valadares.
Enterrado vivo
Segundo informações da polícia, na noite de domingo (24), Graciele Tomaz, de 25 anos, e José Roberto, teriam tido uma discussão e depois que ele foi dormir, ela teria golpeado a cabeça do companheiro com um pedaço de pau e em seguida o enterrado em uma cova cavada por ela mesma, no quintal da casa em que vivia o casal.
Ainda de acordo com a polícia, José Roberto disse que estava amarrado com dois lençóis e um cobertor e após de ter ficado cerca de 17 horas enterrado, com parte do rosto para fora, o que lhe possibilitou respirar, conseguiu escapar e procurar um médico.
Na segunda-feira (25) a noite, quando procurou a polícia para denunciar a companheira, José Roberto foi preso. A companheira está foragida e pode ser indiciada por tentativa de homicídio.
De acordo com a mãe de José Roberto, Conceição Maria Romano de Jesus Pereira, discussões e brigas eram comuns entre o filho e a suspeita, Graciele Tomaz.
“Não dá para acreditar numa coisa dessa. Ainda bem que ele ficou com o rosto para fora e conseguiu respirar. Graças a Deus ele sobreviveu aos golpes e depois sobreviveu quando foi enterrado vivo”, diz Conceição Maria.
A polícia voltou com José Roberto até a cova onde ele foi enterrado. No local ele entrou novamente na cova e contou detalhes de como ele conseguiu escapar.
“Por se tratar de uma pessoa muito forte, é possível que a mulher tenha agido sozinha, desde a aplicação dos golpes até a escavação da cova. Porém, é preciso aguardar as investigações da Polícia Civil para que possamos ter certeza de como tudo aconteceu”, diz o sargento Paulo Cézar da Silva.