O julgamento de Nivaldo Pereira Dias, aconteceu no último dia 21/03, nas dependências da Câmara Municipal de Mantena, onde o Promotor Dr. Luciano do lado da acusação sustentou com habilidade sua tese de homicídio duplamente qualificado em face da difícil tese da Defesa, na pessoa do capacitado Advogado Dr. Jorge Verano, que tentou a tese de que o crime praticado na ocasião por Nivaldo seria Lesão Corporal seguida de morte.
Primeiramente, foi amplamente explanado pelo Representante do Ministério Público, Dr. Luciano Sotero, aos jurados e público presente, a forma como Nivaldo teria brutalmente executado Jarbiane.
Entre outras preliminares, citou o Promotor que Nivaldo e Jarbiane se dirigiram até a estrada onde a mesma foi encontrada morta, isso depois de Nivaldo ter pego uma pistola 380 e levado consigo para supostamente fazer um acerto de contas com uma pessoa com a qual Jarbiane, depois de ter se separado de Nivaldo iria morar.
Chegando ao local ermo e escuro, provavelmente começou-se uma discussão, em dado momento Jarbiane já fora do veículo foi alvejada, de acordo com a tese do promotor, inicialmente com um tiro nas costas, logo depois, Nivaldo se aproximou, com Jarbiane já no chão e disparou mais dois tiros contra seu abdômen, seguindo atirando no pescoço e cabeça da vítima ainda por inúmeras vezes, 06 tiros na cabeça. Sendo um no pescoço, um no ouvido, e os outros quatro no crânio da vítima simultâneamente, sendo que todos os tiros, de forma destruidora, atravessaram o corpo e cabeça da vítima.
Tal fato, foi demonstrado vigorosamente aos jurados e público presente, incluindo a família de Jarbiane e de Nivaldo, pelo Nobre Promotor Dr. Luciano, que de posse da arma de Nivaldo, demonstrou com nitidez solar a forma de execução, corroborando todo seu discurso com o laudo médico pericial que a tudo descreveu, auxiliando de forma esclarecedora a tese do Dr. Luciano. Inclusive que os tiros foram efetuados “de cima para baixo” ou seja quando Jarbiane já estava ao chão indefesa.
Tarefa difícil então para o Nobre Advogado Dr. Jorge Verano, que iniciando seu discurso, foi muito feliz em a todos cumprimentar e com muita eloquência e capacidade conduziu sua tese de defesa, tentando então levar os jurados a crêr que Nivaldo praticou o crime porque amava Jarbiane, e certamente o praticou em um momento de extremo descontrole face a separação inevitável que acometia o casal. Talvez por conta dos informados abusos de Nivaldo para com Jarbiane. Sendo que a tese, bem apresentada pelo Dr. Jorge não foi acatada pelo corpo de Jurados.
Tirou da manga ainda, com muita propriedade, o promotor de Justiça, acusação a Nivaldo por Cárcere Privado de Jarbiane ainda no ano de 2004, quando informações davam conta de que Nivaldo a mantinha por várias vezes algemada sem possibilidades sequer de se dirigir a um banheiro para prática de suas necessidades fisiológias, as quais eram feitas em uma toalha, fato que seu filho confirmou em depoimento ao Promotor, e que também foi rebatida pelo Dr. Jorge Verano como sendo algum tipo de perseguição do filho para com o pai que matara sua mãe, pois enquanto o filho alega isso a filha de certa forma não confirmaria tal fato.
Ao final, os jurados analisaram e julgaram todos os quesitos, condenando Nivaldo, somadas as penas do cárcere e do homicídio, a mais de trinta anos de prisão. Valendo informar que quase quatro anos Nivaldo já cumpriu enquanto aguardava julgamento.
Mantena pôde acompanhar mais este julgamento que fez justiça a um caso que, da ocasião até o momento, transtornou a sociedade de Mantena que esperava por Justiça.
Fonte:Mantenagora