Se os brasileiros vêm sendo motivos de gozação para os argentinos por conta da goleada histórica sofrida na Copa do Mundo para a Alemanha por 7 a 1, pelo menos uma parte deles não terá boa lembrança. A torcida do Lanús vai dormir tentando esquecer a passagem do Atlético-MG pela Argentina, nesta quarta-feira, pela Recopa Sul-Americana. A vitória alvinegra por 1 a 0, no estádio La Fortaleza, foi um balde de água fria sobre os hermanos, que sonhavam manter o bom momento do futebol argentino com a conquista do vice-campeonato mundial. Nem mesmo as provocações nas arquibancadas intimidaram o time alvinegro, que dominou a partida.
Domínio
Ainda no clima da rivalidade entre Brasil e Argentina com o término da Copa do Mundo, o Atlético-MG entrou em campo e se deparou com uma faixa da torcida argentina com os dizeres “Proibido esquecer: 7 a 1, vergonha”, em referência ao vexame da Seleção diante da Alemanha no Mundial.
Esquecidas as provocações das arquibancadas, o Atlético-MG começou melhor e, mesmo na casa do adversário, tomou a iniciativa do jogo. Maicosuel e Diego Tardelli demonstravam ímpeto e se movimentavam bastante. O recém-chegado parou no goleiro Marchesín em chute de fora da área. Ronaldinho Gaúcho teve o mesmo destino, porém perdeu a chance de dentro da área.
Aos poucos, o Lanús foi acertando a marcação e conseguindo sair para o ataque. Levou perigo em duas cabeçadas, de González e Santiago Silva, mas ambas passaram sobre o gol de Victor. O primeiro tempo foi equilibrado, e a sensação era de que se o Galo tivesse caprichado mais poderia ter ido para o vestiário com vantagem no placar.
Sai R10, melhora o futebol
Ronaldinho Gaúcho e André, além de Emerson Conceição, eram os que mais destoavam da equipe. Mas os dois primeiros foram os escolhidos pelo técnico Levir Culpi para deixar a partida no intervalo. Guilherme e o selecionável Jô ganharam oportunidade e foram protagonistas da melhor chance do Galo até os primeiros 15 minutos do segundo tempo. O atacante da Seleção tocou por cima do gol após bom lançamento do companheiro.
E poderia ter havido mais. As alterações de Levir surtiram efeito e o que se viu foi um Atlético-MG mais veloz no ataque, se dando ao luxo de desperdiçar chances. Em uma delas, Jô recebeu cara a cara com Marchesín, mas tocou em cima do goleiro argentino. Mas a vitória e a vantagem dos brasileiros já estavam asseguradas.