A Delegacia da Polícia Federal de Governador Valadares, juntamente com o MPF e CGU, deflagrou ação de combate a organização criminosa voltada para crimes de corrupção no interior de Minas Gerais, através de fraudes a procedimentos licitatórios e pagamento de propina a agentes públicos da prefeitura de Cuparaque.
Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, 03 prisões preventivas e 03 conduções coercitivas, os quais objetivam colher esclarecimentos e provas das práticas delitivas de associação criminosa, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, entre outros.
As fraudes foram descobertas a partir de investigação envolvendo algumas empresas do ramo da construção civil que, apesar de terem milionários contratos com a prefeitura de Cuparaque, estavam registradas em nome de “laranjas”, não possuíam sede física e nem funcionários registrados, indicando serem empresas fantasmas.
Ao se aprofundar nas investigações, evidenciou-se que após a prefeitura realizar o pagamento de faturas das obras contratadas, parte do dinheiro era destinado a agentes públicos ocupantes dos mais altos cargos da Administração Pública de Cuparaque. Segundo o CGU, os contratos são de 2013, mas a ação investiga um grupo que atua há vários anos na cidade.
Dentre os investigados estão o ex-prefeito, cassado pela Justiça Eleitoral em 2010 e sua esposa, a qual também foi prefeita do município na gestão 2013-2016, além de empresários do ramo da construção civil.
O nome da operação policial, “Empreitada Final”, faz uma alusão ao fato das empresas investigadas e contratadas para execuções de serviços no município de Cuparaque/MG, possivelmente, não virem a ter mais capacidade para firmar contratos com entes públicos.
A Delegacia de Governador Valadares continua firme em seu propósito de combater os diversos delitos que afligem o Vale do Rio Doce, buscando a responsabilização criminal dos envolvidos nos delitos afetos à sua atribuição legal.